Quem já pensou em viajar Entre o Céu e o Mar?
Então aproveite para curtir a entrevista com o escritor Robson Gundim e conhecer um pouco sobre essa magnífica viagem.
Então aproveite para curtir a entrevista com o escritor Robson Gundim e conhecer um pouco sobre essa magnífica viagem.
Como surgiu a
ideia de escrever esse envolvente romance, Entre o Céu e o Mar?
A ideia surgiu a partir de um sonho. Na realidade, sempre
gostei muito de livros, e a leitura diária me proporcionou muitas ideias.
Outros fatores também contribuíram para a influência, como por exemplo, outros
livros, desenhos, jogos e filmes. Sempre adorei a sétima arte, e alguns jogos
causaram em mim um grande impacto na época em que dei início ao romance. Na
introdução do livro, há, inclusive, uma nota especial, abordando as referências
e porque são tão importantes a ponto de merecerem destaque. Livros como
“Drácula”, “A ilha do tesouro”, “O último dos moicanos”, “Tarzan”; jogos como
“Castlevania”, e filmes clássicos de Sergio Leone e outros de Quentin
Tarantino, me ajudaram muito.
O que te
inspira a escrever?
Tudo me inspira. De verdade. Acredito que todos os escritores aproveitam
cada momento de suas vidas em prol da escrita – seja o momento difícil, árduo,
feliz ou mesmo derradeiro. Posso ressaltar como nota a minha paixão pela
literatura e pelo cinema, que geralmente agem na minha consciência como uma
bíblia. Também desenho. Ilustrei os três volumes de ENTRE O CÉU E O MAR, e isso
impulsionou bastante o projeto. Não devo deixar de falar sobre o amor pela arte
de desenhar, que sempre me ajudou.
Quanto tempo
levou para deixar Entre o Céu e o Mar pronto para ser publicado?
É uma história longa, mas empunho enorme respeito a ela.
O processo criativo de ENTRE O CÉU E O MAR foi delicado, primeiro porque eu
precisei pesquisar muito, e como eu era muito jovem quando iniciei a trama,
precisei amadurecer meu vocabulário e ler mais, até conseguir desfechar o
romance definitivamente. Foram, no total, dez anos de história. Iniciei através
de rabiscos em meados de 2002 – foi nessa época que a série Castlevania agiu de
um modo avassalador na minha mente! E desde então fui escrevendo, lendo,
desenhando e aprimorando... Foi muito gostoso e inesquecível (apesar de alguns
pesares). Houve muitos interstícios, por onde foram realizados novos projetos,
mas nunca deixei de dar atenção ao livro. Em fevereiro de 2012, coloquei o
ponto final. E em julho do mesmo ano, dividi o livro em duas partes e publiquei
a primeira na editora multifoco.
Quando chega
aquele momento que falta inspiração, ou bate o desanimo, o que você faz para
mudar esse estado de espirito?
Excelente pergunta. Todo mundo que escreve passa por esse
pesadelo, desde os autores iniciantes até os mais reconhecidos. Eu aprendi a
escapar desse pesadelo através de algumas técnicas que coletei com amigos, e
outras que eu mesmo adotei. Como eu havia dito, escrevi o livro sem pressa, o
que de certa forma foi positivo, pois tudo foi feito com diplomacia. Recordo-me
que tive um bloqueio na reta final do romance – mesmo já tendo o argumento prontinho
– e isso me deixou preocupado. Na realidade, sempre que começo a escrever,
deixo anotado em pormenores uma série de ocorrências que complementarão a
trama, e isso é muito bom, pois me serve como uma direção, e quando caminhamos
sobre um caminho cujo destino já se mantém traçado, facilita demais. A autora
Lycia Barros também me ajudou muito, passando-me algumas de suas preciosas
dicas e compartilhando um pouco da sua experiência. Passei a ignorar tudo que
me incomodava no percurso da escrita, e simplesmente prossegui. Quanto mais
você escreve, mais você se aperfeiçoa. Ler é essencial, mas escrever mais é a
verdadeira chave para a porta do sucesso. Sempre estipulo uma meta, como por
exemplo, escrever um capítulo por dia. Hábitos como esse nos eleva bastante.
Geralmente escrevo a mão, em um caderno especial dedicado ao livro, utilizando
canetas azuis e pretas. Quando passo para o computador, as informações
triplicam e eu posso inserir ou deletar qualquer detalhe no texto. E desenho
também, fazendo o possível para dar vida ao personagem (visualmente falando).
Praticar, ler e escrever com mais frequência. É o meu escape. Utilizando esses
métodos, nunca mais fui perturbado por um bloqueio.
O personagem
Annette, é reflexo de algum sentimento guardado?
Abordei essa
questão interessante numa outra entrevista, ressaltando que a Annette pode ser
interpretada como a imagem da verdadeira “mulher guerreira”. Não se trata
unicamente da força ou da coragem, mas também da seiva; da alma. Ela é a
personificação dessas e de outras inúmeras qualidades, embora possua, é claro,
suas fraquezas e defeitos. Annette é o pássaro que num bater de asas procura e
acha um novo verão. É a flor que brota no campo da vida. É representação da
mulher.
O que você
deseja passar para o leitor com Entre o Céu e o
Mar - Uma odisseia além do oceano? Como surgiu esse título?
“Uma odisseia além do oceano” foi o primeiro volume a ser
publicado. O segundo (que contêm duas partes), chama-se “Nos montes da
Inocência”. São diferentes no que diz respeito aos personagens, que
amadureceram no decorrer do tempo. No primeiro livro, conferimos uma aventura
envolvendo Annette e Vasseur Legrand desbravando os mares do caribe em um navio
pirata. É um livro que entretém mais. Bem movimentado, cheio de ação, diálogos
rápidos e um final cheio de surpresas e reviravoltas. No volume mais novo “Nos
montes da inocência”, que está sendo lançado na Bienal do Rio, mergulhamos no
passado dos personagens, descobrimos mais sobre Annette e a sua inocente
infância antes de se tornar pirata, e conferimos os motivos que a levaram a se
tornar uma valquíria dos mares. Ao mesmo tempo, acompanhamos o amor proibido
que ela viveu ao lado de Richter Belmont. Embora possuam suas próprias tramas e
metodologias, os dois volumes são enriquecidos por desenhos e belas mensagens,
que retratam a importância da família, da irmandade e lealdade. O título foi
escolhido para evidenciar o pivô do romance; a liberdade. ENTRE O CÉU E O MAR
caracteriza tudo aquilo que está em torno de nós, e devemos nos lembrar que
TUDO ao nosso alcance, pode ser ALCANÇADO com a luta e o suor.
Agora depois
do livro publicado, como você vê o mundo literário?
Como o meu novo mundo, sem o qual eu jamais seria capaz
de sobreviver! (rsrs) É uma sensação boa, até demais para ser descrita em meras
palavras. ENTRE O CÉU E O MAR me fez dar um mergulho na alma. É muito
gratificante saber que há uma história minha circulando por ai, fazendo parte
de outras vidas e sendo projetada por outros olhos. O mundo literário sempre
fez parte da minha vida, e agora, com toda certeza, ficará guardado na minha
história.
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Conheça também - As tantas fases do casamento
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