segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Entrevista com o escritor Carlos Eduardo Batista

Já parou para pensar quem está no volante? Então leia essa entrevista com o escritor Carlos Eduardo Batista, e pergunte-se se quem está no volante de sua vida! 
  


Tema muito interessante do livro “Quem Está no volante?” Mas, porque querer ajudar as pessoas a se conhecerem?

Primeiramente, acredito que seja instintivo em todos os seres o poder de ajudar o próximo.  Alguns em maior intensidade, como no caso de pessoas que participam integralmente de programas voluntários, e outros em menor escala, como ceder o lugar para outra pessoa sentar no ônibus coletivo, por exemplo.
Em segundo lugar, se você está no avião e a cabine despressuriza, a orientação é para você colocar a máscara, primeiro em quem? Se eu quero ajudar alguém que achei na estrada com problemas no carro, mas não tenho ferramentas e não entendo de mecânica, como vou fazer? Isso me levou a escrever sobre perguntas assertivas. Percebo que existe muito boa vontade das pessoas em contribuir com as outras, mas faltam “ferramentas”. Saber encaixar a pergunta certa, no momento certo, em minha opinião, faz toda diferença. 

Quando e por que decidiu escrever sobre algo tão importante, porém tão irrelevante para muitos?

Há 4 anos atrás, tive os primeiros contatos com a Programação Neuro- Linguística, que me fez perceber o quanto nos comunicamos errado e o quanto acreditamos que estamos nos fazendo entender. Ao conseguir classificar as pessoas conforme suas preferências psicológicas (está no livro a explicação sobre preferências psicológicas) comecei a notar que cada pessoa tem um jeito peculiar de entender o mundo. Parece simples, mas me exigiu muito estudo. Só consegui entender bem quando comecei a abrir minha mente e realmente me colocar no lugar do outro. É normal as pessoas não darem muita importância, pois elas acreditam que do jeito que vivem está tudo certo. Mas muitas coisas entram em nossa mente sem percebermos, e quando você toma consciência disso, você fica mais sensível ao outro. Um exemplo de absorvermos o que o mundo e mídia nos bombardeia é você e o leitor completar a frase: “Dois hambúrgueres, alface...” Acredito que quase 100% das pessoas que lerem vão saber o resto. Mas vocês ficaram na frente da TV treinando?

“Quem Está no volante?”, busca mostrar o que exatamente ao leitor?

Como vender as ideias. Por exemplo: alguns pais cansam de dizer aos filhos para fazerem isso ou aquilo. Qual o resultado? Adianta comandar? E se ele conduzir seu filho ao entendimento através de perguntas? Buscando saber se ele entendeu ou o que ele entendeu do que foi falado.
As pessoas gostam de comprar, certo? Mas elas gostam que alguém venda algo à elas? Dentro da minha experiência na PNL e do contato com os processos de Coaching, percebi que a ferramenta “pergunta”, é utilizada para orientar e conduzir, ao contrário de sugerir como os pais e os vendedores fazem, sem saber qual o nível de entendimento do filho ou do cliente e o que ele quer. Em comunicação e na gestão de pessoas isso é uma técnica chamada Feedback ou retorno, que nada mais é do que perguntar se o outro entendeu.

Em algum momento do desenvolvimento do livro, pensou em desistir de passar sua compreensão sobre como conhecer a si mesmo para as outras pessoas?

Nunca passou pela minha cabeça, pois as respostas das perguntas que tem no livro estão dentro de cada leitor e cada um tem as suas, conforme suas experiências (criação, cultura, ambiente, crenças, espiritualidade). No livro não tem sugestão e nem fórmula mágica, mas sim perguntas que conduzam o leitor as suas respostas particulares.

Ao apresentar o livro com várias perguntas, te fez pensar que poderia deixar alguns leitores confusos?

A intenção é fazer o leitor refletir sobre seu comportamento, se ele está satisfeito com o que faz e da forma que faz, e dar a opção de quebrar seus paradigmas através de um caminho que são as perguntas.

Uma pergunta que não quer calar. Como fazer outra pessoa pensar?

 Para eu responder as perguntas da entrevista, por exemplo, eu tive que pensar bastante. Uma técnica para fazer as pessoas refletirem, além da pergunta, é usar as palavras O QUE, QUANDO, COMO, QUAL MOTIVO no início das interrogações. Por exemplo: O QUE você acha de comprar meu livro? COMO você conseguiu fazer um blog tão atraente? QUAL MOTIVO te levou a querer me entrevistar?
Algumas pessoas podem tentar manipular as respostas sem pensar, utilizando palavras que estejam em um nível de superficial da consciência. Digamos que ela já esteja com algumas respostas na “ponta da língua”. Nesse momento ela vai responder rapidamente olhando nos seus olhos.
Você vai conseguir identificar se ela pensou quando ela olhar para dentro dela. Como? Ela vai pesquisar em seu arquivo pessoal, seu cérebro. E em nossa mente, temos os arquivos devidamente guardados em pastas que são pesquisados através dos movimentos oculares (isso também tem no livro). Se você fizer uma pergunta sobre uma imagem (a cor da parede do quarto) ela deve olhar para o lado esquerdo dela, para cima (pasta da imagem guardada). Se fizer uma pergunta sobre um som (a música preferida) ela deve olhar para o lado esquerdo dela, na altura do horizonte ou da orelha (pasta de sons guardados). Se pedir para ela criar uma imagem (mudar a cor da parede do quarto) ela deve olhar para o lado direito dela, para cima (pasta da imagem criada). Se pedir para ela cria um som (a mãe xingando com voz do Pato Donald) ela deve olhar para direita dela, na linha do horizonte ou na altura da orelha.

Deixe um recadinho para nossos leitores.

Ficaram curiosos? O que vocês acham de aumentarem sua “caixa de ferramentas”? Você concorda que pode se comunicar melhor? E que pode se ajudar e ajudar pessoas que você ama? Você acredita que é possível se ajudar para ajudar outros? Isso faz sentido para você?

Obrigado pela oportunidade e ótima leitura à todos.

Onde podemos comprar o livro?




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